TEXTOS DE GIL BUENA

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24 fevereiro 2018

E deixo-me inspirar!


Poetizo olhares para aninhar-me em sentimentos e busco o sentir para dar motivos à poesia. 

Construo versos, invento rimas, falo do que vive o amor e escrevo do que ele me confidencia. 

Traduzo o silêncio para nele interpretar a fala que o secreto se mostra nas linhas tortas dos dizeres sem respostas. 

Pois, são nas letras atrevidas do poeta que a alma se expõe, revelando os desejos retidos, os toques contidos, amores tantas vezes impossíveis. 

Quiçá a realidade pouse em seus ombros e lhe faça pesar a terra seca do que de fato existe. E sobre a existência fria da verdade crua, o poeta doura o que sente. 

Sente e não mente! 

Canta dores ao tentar cravar vírgulas em meio a pontos finais, exclama espectros adormecidos e interroga a vida dos que fazem do mundo palco tão somente real. 

E no sem mais nada para despir, poetiza as vestes quentes dos amantes apaixonados. E deixa a poesia falar... E deixa a poesia voar... E deixo-me inspirar! 

Porque todo amor, ainda que não se queira, ainda que não se veja, traça à beira da razão e chega ao bosque do coração, donde sai a mais bela e profunda inspiração.

--- Gil Buena ---

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