A vida me faz ser autodidata.
A cada hora que se escorre no tempo que se vai, o aprendizado acontece. Achamos respostas observando e criamos sapiência quando atiçamos o silêncio.
Dialogar com a própria vida é despir-se do nosso, então, sofisma e vestir-se de uma retórica introspecta com o Eu-Real.
Nada mais original do que ser. Nem mais digno de si mesmo do que ser original num mundo circundado de plágios-humanos.
Observar é ponderar.
Silenciar ante o caos da falação inútil, quem sabe abjeta, é sabedoria posta à prova; coisa muita pra gente pouca.
Nada acontece fora dos meus sentidos, e nada me dá tão mais sentido do que as impressões que eu tenho ao sentir o que realmente é sentido.
Não sei ser fora de mim; conquanto muitos tentassem me fazer ser, e quantos muitos outros são, sem de fato ser. Lástima da vaidade cega ou de uma personalidade falida - talvez o temor da rejeição andasse vasculhando a frágil mente.
Inquietação dos sentidos rasos (ou vazios) de profundidade, de uma alma perturbada e amedrontada.
Desperdício de vida!
Inegável: a gente aprende muito quando prestamos mais atenção aos detalhes. E é desse modo que vamos além dos limitantes espaços que a sociedade impõe a nós.
Observar e silenciar são os passos mais seguros de seguir estrada e voar. Pois a vida mostra o chão, mas o que a gente quer mesmo é aprumar as asas e tocar no céu, correr mundo e viver.
--- Gil Buena ---
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