Em mim fala as luzes dos teus olhos
Clara noite que me encontro neles
Algo que nunca tive: fardo deles
Sorvo-os regados de vinhos e fogos.
Se banho em mim tua presença sem te ver
Atentos motivos seguem os teus passos
Por alguns espectros de luz nos espaços
Carrego enfadonho medo por ti não viver.
Ainda que a luz dos teus olhos estendidos
Clareie minha solitária noite escura
Tua ausência pesa as estrelas e a lua.
E mesmo que os sonhos sejam perdidos
Trago tua imagem por cravo escultura
No peito d’alma o coração por ti flutua.
--- Gil Buena ---
Nenhum comentário:
Postar um comentário