Descobrimos o tesouro da vida quando procuramos viver o momento, ao
invés de contar as horas, quando paramos para apreciar as flores mais do que os
espinhos, quando ouvimos aquela calma trazida pelo orvalho do dia que vem nos
abraçar todas as manhãs, quando somos atingidos só pelo que nos faz bem.
Para
uns, o passar dos anos perturba, para outros é apenas fato real e concreto. Já
para mim, é lembrança, presença e esperança.
E por esses eventos de passado,
presente e futuro é que me curvo perante o tempo e brindo a vida sem jamais me esquecer
de agradecer os tons das rugas dos quais me fazem entender melhor a existência
humana, sobretudo a minha.
Suavizar os tombos, silenciar o barulho, enxergar o
óbvio de dentro dispensando o vazio de fora é sabedoria de poucos que busco
alcançar.
Os anos sempre me trazem o início de um retorno nostálgico que a pressa
dos passos não consegue acompanhar.
Pelo que se foi, tudo que importa volta
pregado de sentimentos vivos dentro da gente, e a gente sente. Porque sentir é
o que vale, o resto se deixa partir.
Crescemos, pois, sem envelhecer, revelando
a juventude dos tempos vindouros, dos dias dourados de vida que nos faz sempre
seguir impugnando aquilo que nos machuca.
Libertemo-nos das dores, senão todas,
de muitas, de várias, porque temos a capacidade de reverter valores, selecionar
sabores e sorrir para as nossas próprias forças.
E por cada ano que se
completa, graças dou a Deus pelo meu existir acima das adversidades, superando
as fraquezas, e por acreditar que tudo é obra, é arte, é construir páginas e
ser um poema que Deus faz a vida recitar, com suas rimas e encantos, sobre mim.
--- Gil Buena ---
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