Se for pra amar, amar-te-ei como a poesia que me adoça
os sentidos e me faz viajar num voo subjetivo e singular, na maravilhosa
capacidade de reverter em encantos a triste realidade dos vazios dias sem
rimas.
Se for pra amar, amar-te-ei como a poesia que me faz sair de mim todas
às vezes que me adentro nos sentidos da paixão e me faz enxergar os motivos desse
sentimento que carrego no peito.
É desse jeito que os amores nascem: com os
versos soltos de um olhar, com os silêncios que falam através da retórica exacerbada
do sentir, na permuta dos toques imaginários, que vão além do presente.
Porque
se for pra te amar, amar-te-ei só se for assim, com a febre dos poetas, com
essa paixão que me completa, lírica, rítmica, aquecida e jamais esquecida,
ainda que nunca vivida por nós em vida.
Pois, se for pra te amar, é do calor da
poesia que me traz o melhor de ti; toda calma, toda sorte, toda reza, sem por
um instante olvidar que é da tinta que desenha os poemas da tua pele sobre mim,
onde a inspiração anseia mais do que o teu nome, e te infinita em mim num
suspiro despertar.
--- Gil Buena ---
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