O modelo construído por uma sociedade majoritária com o
objetivo de se adotar as suas regras, nunca me encaixou. Adoro o oposto daquilo
que a maioria considera “certinho”. Gosto de bagunçar as linhas retas dos
padrões improdutíveis e preconceituosos.
Sou amante dos sinais, principalmente daqueles que me acenam para
continuar, seguir caminho sem ter que me resguardar por detrás de
justificativas impostas por uma sociedade doente.
Sabedoria é ser indiferente a tudo que nos reprime e que
tenta perturbar o templo sagrado da nossa própria paz; é caro demais se deixar
levar.
Dar ouvidos ao silêncio interior é ser sábio nos tempos onde as altercações rasas insistem em querer existir. E elas só nos atingem com permissão, com a nossa permissão.
Dar ouvidos ao silêncio interior é ser sábio nos tempos onde as altercações rasas insistem em querer existir. E elas só nos atingem com permissão, com a nossa permissão.
A vida de quem quer que seja não nos diz respeito, a não ser
quando torcemos pelo bem que as abrace, pela cura que as alcance, pelo amor que
as liberte. O resto, que o destino as carregue para a felicidade.
Os únicos padrões de vida que me envolve é de deixar partir
quem de mim não mais se apraz. A efemeridade das brisas são tornados que nos
fazem adaptáveis a outras e tantas mais realidades que temos que passar e enfrentar.
Isto é o que nos faz sofrer e noutros instantes nos motiva. A dor e
o prazer sempre andam de mãos dadas, ligados por vias tênues.
Cuidemos! Pois o prazer muitas vezes nos paralisa, porque quase sempre não queremos sair dele. Já a dor nos impele a mudar; ninguém quer ficar sob ela, sujeito ao sofrimento.
Cuidemos! Pois o prazer muitas vezes nos paralisa, porque quase sempre não queremos sair dele. Já a dor nos impele a mudar; ninguém quer ficar sob ela, sujeito ao sofrimento.
É isso que eu sinto: essa fascinação pela vida, das
constantes mudanças e da velocidade dos tempos, exigindo que vivamos sem
interferências alheias, obsoletas, cruéis e insanas de mentes humanas, que nos provocam
e tentam-nos esmorecer. Fecho a porta!
Cuidemos! Porque a vida corre nas nossas veias e na
inquietação das horas: cada pôr do sol, uma arte; cada anoitecer, uma
escultura; cada amanhecer, a consagração da essência poética de Deus sobre nós.
Que os padrões sejam apenas de contemplação por um mundo cada
vez melhor, dentro e fora da gente.
Cuidemos! Já que falar de vida não é viver, já que falar de
amor não é amar, já que falar do bem não é fazer o bem. Calemos, então, ante a
voz que pede sossego, ante os atos que infringem a inércia omissa, ante as
mudanças que constroem o novo.
Busquemos andar além da velocidade dos ventos, mas com a quietude dos sábios que modela o tempo. Porém, não nos esqueçamos, nunca e jamais, de que a vida tem pressa em ser.
Busquemos andar além da velocidade dos ventos, mas com a quietude dos sábios que modela o tempo. Porém, não nos esqueçamos, nunca e jamais, de que a vida tem pressa em ser.
--- Gil Buena ---
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