Já tive dias ruins. Já tive dias bons.
E nessa oscilação
frenética, nessa temperatura exposta ao calor e ao frio, entre altos e baixos, os
dias são sempre um maravilhoso desafio.
E viver é a mais bem-intencionada forma
de se apaixonar pela vida.
Nem sempre acontece o que queremos; fato.
Nem sempre
realizamos o que desejamos; outro fato.
Nem sempre as conquistas são por todas
perdidas; brilhante fato.
Apesar desses “nem sempre”, há sempre uma carta na
manga, um pulo do gato, um coelho dentro da cartola, uma mágica do universo a
nos ajudar, um motivo para superarmos os acontecimentos indesejáveis, Deus a
nos olhar.
Nem sei como isso se chama, mas deve se chamar alguma coisa que
ponha em movimento os nossos silêncios e faça as atitudes falarem alto dentro
de cada um de nós.
Nem sei como se começa, porém, parte-se do momento quando o
querer vai à luta, aí o primeiro passo acontece, e a construção apresenta as
cores da estrada na tela do agir.
E de repente os espaços se abrem, os caminhos
amaciam os nossos cansaços, as pedras servem apenas para erigirem os castelos
da coragem, lapidando a esperança de uma futura e breve chegada.
Porque todos
querem chegar.
Todos querem chegar a algum lugar, ou em alguma posição, situação,
sonhos, satisfação. Todos querem e acredito que seja isto a nos impulsionar; a
fresta que faz o sol entrar em nossas vidas.
Pois uma vida sem desejos não se
sustenta, ainda que os ruins ou os bons dias nos tomem de súbitos e nos façam súditos
de instantes que chega e vai, num constante movimento de ficar e partir.
--- Gil Buena ---
Nenhum comentário:
Postar um comentário