Guardar-te-ei em poucas linhas,
Em traços de uma mera
tinta,
Escusa pela incapacidade da escrita em dizer
Sobre o amor que tenho por
você.
E nos versos não exibidos,
Oculta o seu sorriso, sua voz insistente que,
Por vezes, tira-me o ar.
Através da brancura do papel,
Afastam-se as letras
quando a saudade
Invade a vontade de te amar.
Guardar-te-ei sem pressa,
Como quem
carrega um cristal,
Uma flor, uma canção de amor
Feita pra te agasalhar,
Arrancando o frio das noites sem luar.
E sem esforço, ouço o seu chamado.
Esqueço
a poesia e me atenho em você,
Pois é no falar do seu calar em mim,
Que a minha
maior eloquência se faz no sentir.
--- Gil Buena ---
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