Tu vens a mim
Como um rio que passa
E deixa suas águas em terra molhada,
Plantando vida num coração adormecido.
Tu vens a mim
Chegando de mansos passos,
Aprofundando-se em meu ser,
Cativando-me por ti querer.
Tu vens a mim
Para lançar fora o sorriso amarelado,
Que da minha face insistia em ficar.
E através do olhar do amor,
Do teu olhar, tu vens para eu te amar.
Tu vens a mim
Para me refazer, soltar o nó, criar laços,
Compor uma nova canção
Dentro da minha alma,
Do meu ser.
Tu vens a mim
Para mostrar que os sonhos não morrem.
Que uma nova direção,
Os rumos do coração possam,
Então, pousar.
Tu vens, finalmente, a mim
Tendo a límpida clareza que,
Nas tuas vindas,
Descanso o meu querer em ti, só em ti.
Porque tu és o amor
Que acaba de nascer em mim.
--- Gil Buena ---
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