Como
o ourives que avalia o ouro,
Apraz-me
vem o tempo da idade bela,
Das
rugas, o saber; do dia que vindouro,
Soma-se
vida, vivida arte tão singela.
Conto
horas de outrora, marcas de exemplo,
Entre
nuvens que pesa, sol pondera e acalma,
Pois,
não é de números que me veste a alma,
Nem
tão pouco de sofrimento faço templo.
Cada
manhã que da janela monta, desponta,
Advém
a graça que minha existência canta,
Graças
eu dou pelos anos que me faz viver.
E
se a velhice me tomar de fato, amém!
Raros
têm a coragem de seguir e ir além.
Cá
no que me vem, fonte que me faz reviver.
--- Gil Buena ---
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