TEXTOS DE GIL BUENA

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30 janeiro 2017

As letras de amor não escritas


Nem sempre estou inspirada pra falar de amor. 
Nem sempre o amor me toca nas palavras. 
Contudo, tenho o perdão dos instantes que te sinto, 
sem te ver; indulgência dos desejos, sem te ter; 
piedade das ausências preenchidas de você. 
Quanto à clemência?  Ah, esta é devota com as letras 
de amor não escritas, transformadas em atitudes. 
Quisera eu não saber falar de amor. 
E na verdade não sei falar de amor! 
Palavras são apenas palavras. Mas, você... 
Você sempre está em mim, com ou sem inspiração.

--- Gil Buena ---

27 janeiro 2017

Busco-te por toda vida


Busco teus traços vastos rasos que vagueiam em mim. 
Busco a prece contida em toda imensidão que é te olhar. Busco o que, no entardecer dos teus braços sossegados, 
na cumplicidade do anoitecer, 
teu amor faz o meu sol brilhar de prazer. 
Busco teus sonhos, teus desejos, pois são eles que me escolheram pra estar ao teu lado. 
Busco-te por toda vida, pelo gozo do encontro, 
pelas inúmeras e infinitas vezes que tu fazes 
o meu coração vibrar.

--- Gil Buena ---

Frestas de paz


E o mundo melhora a cada passo que você dá sorrindo. 
Pois, os sorrisos são vozes que ecoa sinfonia de felicidade. São toques da alma, feixes de luz que ilumina; 
frestas de paz.

--- Gil Buena ---

26 janeiro 2017

Nem toda ausência é partida


Nem toda busca é encontro. 
Nem todo encontro é ficar. 
Nem toda fala diz algo.
Nem todo silêncio faz calar.
Nem toda ausência é partida.
Nem toda chegada é estar.
E, se todo amor é divino,
Divino mesmo é amar... 
(E ser igual amado.)

--- Gil Buena ---

11 janeiro 2017

Sentimentos


O dia seria esse número de horas sem mais nada,
Caso da trêmula esperança fosse fato, vazio.
Que culpa tenho eu em ver cores ao vento?
Sentimentos...

Nada me comporia sem toques cheios de luz
Nem sobraria pedaço feliz, nalgum sorriso sequer,
Se eu não expurgasse a bruta realidade.

Que procuras errantes, livre farsante corre gente,
Onde pousa em gaiolas do destino, morte quente.
Não sabe das horas fazer, de tempo senão morrer.

No chão endurecido que amoleço ao viver...
Meus sonhos!
Sem contar do tempo que se foi, nem do que se vem,
Quantos de mim decidem então renascer?

--- Gil Buena ---