Há uma liberdade contida em cada olhar, nos movimentos certos e incertos
do ser, vontade de quem sabe ter o quê.
Detalhes de embrulhos de valores
subjetivos de algo que não aflora em outros olhares, a não ser dos que o têm e
sabe importar.
Se a liberdade no ter é algo que todos querem e buscam, não me
enquadro nessa mistura de tal procura incontida nas mentes de muitos.
Sou o
ímpar de mim mesma e não aceito reprodução!
E, embora delineando paradoxos em
praxes e prolixos manifestos da irracionalidade ambicionista humana, gosto de
presenciar o grande na humildade, donde provém de uma humilde sensibilidade;
desprezível por tantos outros quantos não sabem valores impressos dos quais bombardeiam
o coração.
Não saio a procura de nada, porque tudo já me basta no instante
existencial do meu próprio ser. Vivo das prováveis mansuetudes da plenitude do
que vem a mim sem imposições arbitrárias ou emancipadas da ausência de valores.
E dos pequenos percentuais nobres de atitudes que poucos possuem, lá estou eu,
intensa e feliz.
Pois, fato é que, abdicar o poderio é ater-se de extremo amor,
onde a humildade por tantas e sempre vezes abstrai-se do impessoal e se arresta
pra dentro - do meu eu - do que mais belo existe em mim.
Sendo assim, não me
olho através dos atrevidos e mundanos olhares daqueles que vingam poder. Não
forjo a minha própria liberdade, degradando o que aprecio, ocultando-me do que
mais me é caro: subserviência ao coração que sabe onde repousa vida dos que se
dão, com humildade e densa gratidão.
--- Gil Buena ---
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