TEXTOS DE GIL BUENA

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13 setembro 2016

Sou o ímpar de mim mesma e não aceito reprodução!


Há uma liberdade contida em cada olhar, nos movimentos certos e incertos do ser, vontade de quem sabe ter o quê.

Detalhes de embrulhos de valores subjetivos de algo que não aflora em outros olhares, a não ser dos que o têm e sabe importar. 

Se a liberdade no ter é algo que todos querem e buscam, não me enquadro nessa mistura de tal procura incontida nas mentes de muitos. 

Sou o ímpar de mim mesma e não aceito reprodução!

E, embora delineando paradoxos em praxes e prolixos manifestos da irracionalidade ambicionista humana, gosto de presenciar o grande na humildade, donde provém de uma humilde sensibilidade; desprezível por tantos outros quantos não sabem valores impressos dos quais bombardeiam o coração. 

Não saio a procura de nada, porque tudo já me basta no instante existencial do meu próprio ser. Vivo das prováveis mansuetudes da plenitude do que vem a mim sem imposições arbitrárias ou emancipadas da ausência de valores. 

E dos pequenos percentuais nobres de atitudes que poucos possuem, lá estou eu, intensa e feliz. 

Pois, fato é que, abdicar o poderio é ater-se de extremo amor, onde a humildade por tantas e sempre vezes abstrai-se do impessoal e se arresta pra dentro - do meu eu - do que mais belo existe em mim. 

Sendo assim, não me olho através dos atrevidos e mundanos olhares daqueles que vingam poder. Não forjo a minha própria liberdade, degradando o que aprecio, ocultando-me do que mais me é caro: subserviência ao coração que sabe onde repousa vida dos que se dão, com humildade e densa gratidão.

--- Gil Buena ---

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