O galho corta o tronco forte.
Passos de vida que se encaixam fora da vida.
Esperança num porvir que não se faz cumprir.
Cuspindo respingo de ar em sacos...
E lá se vai um pouco de ti.
Os gestos lentos titubeiam
E param no nada.
Quebra-se a fé, entra-se a dor.
E se vai de pouco, aos poucos,
Sem mais direito por aqui ficar. Ali.
Ou quem sabe aonde irá?
Tua alma em prantos,
Escuta o vazio cruel,
Do teu pedido clemente,
Do teu desejo veemente,
De mais uma chance,
De Deus, puder a ti, perdoar.
E o tempo segue sem respostas.
Cessa o corpo, adormece-se em vida.
Grita num silêncio de uma voz retida,
Que atalha a brisa,
Descolorindo o pôr do sol.
E lá se vai numa lenta despedida,
Ainda dentro da vida em morte,
De lágrimas sinceras caídas,
Sem voltas, em olhar adiante,
De um céu aberto,
Da terra flutuante,
De amores que se deixa,
Da paz que se espreita,
Do tempo que se partiu em ti.
(Ao Meu Irmão, In Memoriam - Vá em Paz!)
--- Gil Buena ---
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