Não conto quantos anos se passaram, quantos 365 dias eu vivi. Porque, apesar
de fazerem parte da minha vida e da minha história, eles se foram e nada posso mais
fazer pra mudar ou para alterar o que aconteceu, nem o que não aconteceu.
É tão
natural dizermos: tudo passa. E isto é fato incontestável. Do bom ao ruim, do
doce ao azedo, da alegria à tristeza, tudo passa. A relativização do que seja
bom pra mim e do que seja ruim pra mim é equivalente: tudo passa na mesma
proporção do passar, do ir embora, do se transformar num passado inalterável.
A
cada primeiro de janeiro, teremos mais um conjunto de 365 dias, novamente.
Desses dias, tem-se o ano. O que você fez no ano que se foi, já foi.
Mas, o que
você irá fazer no ano que se inicia? Nunca se sabe! Planos, sonhos, desejos,
todos nós temos. Realizações e fracassos, conquistas e frustrações todos nós
iremos ter. Entretanto, está em nossas mãos o que fazer com tais resultados.
Podemos
escolher!
Importante entender que tudo que nos acontece, tem o seu motivo, uma
razão. É de extrema relevância sabermos separar o joio do trigo, como também
compreendermos as entrelinhas de cada evento que ocorre.
Assim, enquanto o sol
chega pra clarear, as estrelas vêm pra brilhar. Enquanto a neve nos promove
buscar dias aquecidos, o calor nos lança ao frescor das sombras. Enquanto o
nascimento chega para nos fazer esquecer a morte, a morte nos faz lembrar que é
preciso viver em vida. Enquanto a guerra vem pra separar, a paz vem pra juntar.
Enquanto o amor é transformador, amar nos transforma no que melhor podemos ser.
Portanto, que em meus dias e em todas as idas e vindas da vida, eu tenha levado
amor e trazido amor comigo. Este é o único sentido de viver. Este é o meu
sentido de ser feliz!
--- Gil Buena ---
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