Há
tanta coisa que a gente pode dizer, e não diz.
Tanta
coisa que a gente pode fazer, e não faz.
Tanta
coisa que podemos ser, e não somos.
Tanta
coisa que queremos ter, e deixamos ir embora.
E
quando a gente se dá conta do tempo que se foi
Pensamos
nas nossas omissões:
Na
palavra que aquece o coração
E a
gente silencia.
No
abraço que fala através do toque
E a
gente cruza os braços,
afastando
a aproximação.
Do
olhar que ameniza a dor
E a
gente nega a cura.
Do
sorriso que toca almas
E a
gente focaliza no externo.
Da
oração que alimenta
E a
gente preserva a fome.
Da
paz que podemos dar
E a
gente veste a armadura.
Da
luz que temos pra iluminar
E a
gente se escurece.
Da
beleza que a vida é
E a
gente anda de olhos fechados.
Do
amor que se faz preciso
E a
gente não entende que, sem ele,
Nada
mais faz sentido.
E
das minhas vontades:
Eu
queria mudar o tempo
Fazer
o tempo parar
Voltar
ao tempo que se foi
Mas
não queria deixar o tempo passar.
E
ele passa.
E
isso não muda.
E
ele não para.
E
o tempo vai seguindo seu curso natural
Do
mesmo modo que vamos vivendo.
Ora
nos afogando em água doce ora em água salgada
Mas
sempre indo... Sempre indo.
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Gil Buena ---
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